sábado, 20 de agosto de 2011

Ciclo de Krebs (generalidades) - parte 1

O ciclo de Krebs é também designado por ciclo do ácido cítrico ou dos ácidos tricarboxílicos. É um processo catabólico que ocorre na mitocôndria, mais concretamente, na matriz mitocondrial (conforme irei destacar num próximo post, apenas uma reacção se dá em associação com a membrana interna da mitocôndria). Neste ciclo a célula oxida moléculas de acetil-CoA a CO2, sendo a energia libertada conservada sob a forma de NADH e FADH2. O ciclo de Krebs é unicamente aeróbio, pois apesar de o O2 não participar directamente no ciclo, o NAD+ e o FAD só podem ser regenerados na mitocôndria através da transferência de electrões para o O2 (no post relativo à regulação do ciclo de Krebs, que irei colocar em breve, vai ser possível ver que se se acumula NADH, que é o que acontece na ausência de O2, o ciclo de Krebs é inibido...).
No ciclo de Krebs oxidamos vários moles de acetil-CoA por dia. Os oxidantes são o NAD+ e o FAD que se reduzem a NADH e FADH2. Na célula só existem algumas micromoles de NAD+ e FAD e dentro da mitocôndria (onde o ciclo ocorre) a regeneração do NAD+ e do FAD depende da cadeia respiratória, pelo que em condições anaeróbias não existe ciclo de Krebs. O ciclo de Krebs é como que um “moinho” em que o “grão” (o substrato) é o grupo acetilo do acetil-CoA e a “farinha” (os produtos) são o CO2 e os electrões (NADH e FADH2); a “mó do moinho” são as enzimas e os compostos intermediários.

Principais fontes bibliográficas:
- Quintas A, Freire AP, Halpern MJ, Bioquímica - Organização Molecular da Vida, Lidel
- Nelson DL, Cox MM, Lehninger - Principles of Biochemistry, WH Freeman Publishers

11 comentários:

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    1. Infelizmente tenho andado muito ocupado, e sem muito tempo para fazer novos posts,m mas hoje já coloquei um novo. :)

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  2. Não é que vou fazer exame de Microbiologia amanhã e só agora descobri este blog que explica tudo tão bem. O que tempo que perco para perceber alguns conceitos e cheguei aqui.....
    Enfim.
    Ajude-nos a compreender o que parece incompreensível.

    Obrigada

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    1. Olá Fernanda, mais vale tarde do que nunca... ;)

      Obrigado pelo comentário e volta sempre!

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  3. Desculpe a minha ignorancia,mas estou fazendo vestibular para medicina e gostaria de saber se existe outras explicacoes para o porque do ciclo de krebs ser considerado aerobico

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    1. Olá Fabio,

      a justificação para o ciclo de Krebs ser aeróbico é a que está no post, ou seja, tem que ver com o facto de ser indispensável a presença de O2 para que os transportadores de eletrões reduzidos (NADH e FADH2) voltem a estar na forma oxidada.

      Volta sempre e boa sorte para o vestibular de medicina! :)

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  4. Perdão, mas claramente o texto é traduzido do espanhol para o português com uma tradução ruim, a foto usada é em inglês, e a explicação é pouco clara, dificultando o entendimento geral do assunto, se puder ser mais claro e separar mais organizadamente as ideias, usando fotos de esquemas em português, se tornaria mais fácil o entendimento, obrigado e sucesso!

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    1. Confesso que ponderei nem sequer responder ao seu infeliz comentário, pois o texto não é tradução nenhuma (nem sequer leio bibliografia em espanhol), foi totalmente escrito por mim. Quanto às críticas, se não gosta tem uma solução fácil, não visita o blog! E já agora, porque é que não assinou o seu comentário e publicou como anónimo?

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  5. ótimo blog, me fez compreender parte do processo de krebs. precisei vir comentar!

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  6. Olá, parabéns pela matéria, está muito boa! Porém, ainda me restou uma dúvida: eu vi que a glicólise é um processo anaeróbio, mesmo que ela tenha a presença dos aceptores NAD+, como se pode conciliar essa informação com a disposta no blog?

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